Enthrone Darkness Triumphant



O primeiro Dimmu Borgir a chegar aos meus ouvidos foi no formato MP3 - e em um momento de menor interesse por Black Metal sinfônico. As cortinas orquestrais de Enthrone Darkness Triumphant se abriram diante da minha imaginação, trazendo o deleite de uma grata descoberta. Todas as faixas, da abertura ao encerramento, levaram-me a um profundo mergulho na escuridão e em um vácuo desolador. O desejo por ter a mídia física foi imediato, levando-me a recorrer aos e-commerces de Heavy Metal, disposto a pagar o valor que viesse. E fora por menos da média do cobrado por CDs lançados sob grandes selos, que Enthrone Darkness Triumphant veio para a minha coleção.

Os aspectos gráficos do encarte repetem interessantes simetrias em tons verde escuro, editado com fontes diminutas e de estilos difíceis de ler. Tenho os olhos cansados, por isso preciso de muito esforço para aproveitar a experiência completa com alguns CDs. Uma pena, mas é algo com o que preciso conviver. A imagem de destaque no verso é um pentagrama montado com as fotos dos cinco integrantes. Junto aos Black Metals trajados tal guerreiros satânicos, empunhando as suas armas brancas, na quinta ponta do pentagrama virada para baixo, destaca-se a figura de um gótico (o tecladista) conhecido pelo provável pseudônimo de Stian Aarstad.
 
Esse mesmo rapaz, no passado, esteve na composição do segundo álbum do Dimmu Borgir, o Stormblåst (1996). De um modo incompreensível, Aarstad inseriu nas introduções teclas plagiadas de músicos menos conhecidos e até da trilha de um jogo de computador. Diabrura somente descoberta muito tempo após o álbum ter circulado. O que forçosamente levou à regravação de todo o material em 2001, tendo o segundo lançamento com as devidas correções em 2005. Também uma obra prima, a qual muitos preferem à original. Inclusive é a que tenho em minha coleção.
  
Entretanto, foi com Enthrone Darkness Triumphant que formei a impressão definitiva sobre Black Metal Sinfônico, só experimentado antes com Emperor, Old Man’S Child e Cradle of Filth. Mesmo evitando o referido subgênero durante tempos, encontrei nele algo precioso a incluir em minhas predileções cotidianas. Divirto-me muito com as letras de conjuntos de Black Metal, vejo uma inventividade admirável em cada verso sombrio/Satânico/anti-cristão, etc. Algo que Dimmu Borgir também oferece generosamente.

O espantoso foi a Nuclear Blast, gravadora responsável pelo lançamento de Enthrone Darkness Triumphant, demonstrar um comportamento estranhamente acovardado. Talvez por cautela para poupar os fãs da violência lírica demasiada encontrada na canção Tormentor of Christian Souls (sexta faixa), suprimiu-a das transcrições no encarte. Compreensível as contestações dos leigos sobre letras e instrumentais do Metal Extremo, pouco a se estranhar. Mas por parte de profissionais já acostumados às temáticas?
 
O marketing desses grupos musicais se faz com o choque e a polêmica, atraindo desse jeito, públicos de seus nichos. Incluo-me como parte deles, sou um fascinado pelo gênero. Estou sempre ouvindo Black Metal. Encontro nesse estilo muitos momentos de satisfação e de viagens sombrias. Sempre digo e repito: Black Metal é o meu edredom.

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